O TREM AZUL
Que
emoção!
Ele
abriu o portão da casa,
Entrou
cerimonioso como um frade,
Conferindo
serem de verdade as paredes amarelas,
Imaginou tudo assim;
As paredes amarelas, as janelas brancas,
As paredes amarelas, as janelas brancas,
Imaginou
tanto
Tanto, que
agora lhe parecia encanto e real.
Solicitaram sua presença, pediram que viesse,
E num
processo relâmpago estava ali.
Nem
sequer refletiu se haveria perigo
Nem
ao menos esperou se refazer do susto!
Embarcou
no trem azul que o levaria aos sonhos,
O
trem azul da longa estrada de ferro,
Por
entre a saudade, por entre as flores, pela mata verde,
Fora vitimado
por grandes conspirações que lhe marcaram a alma,
Pelos atentados
frequentes da mente ansiosa!
O julgamento, o tempo,
As
estradas tortuosas desse imenso país
Que um
dia,
Tiraram-lhe
o direito de viver,
O direito de ser feliz!
O direito de ser feliz!
Di
Vieira
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