O anel
Curvou os joelhos em terra, Após passos indecisos. Tivera uma vida atormentada! Tinha a alma angustiada! Estava à beira do abismo! Ecos, gritos adormecidos explodiam! Soluços abafados brotavam na garganta. Queria ter tido vida santa, Vestes sem mácula. Queria ter ficado em casa junto aos pais. Mas o passarinho criou asas, Rasgou o céu na negrura da noite, Penetrou por própria vontade, Na gaiola do mal. Vendaval, chuva forte, Corte nos pés, dor na alma, Seiva da vida indo embora! E agora? Afundado nas cinzas, encobre o rosto, Rasga as vestes, esmurra o peito, E apesar de não ter direito, Pede misericórdia, piedade, E obteve! Sem vaidade, sem arrogância. De joelhos no chão batido, Envergonhado, arrependido. Sente a mão suave, erguer-lhe a carcaça, Ajudar-lhe nos primeiros passos, Dar-lhe segurança e um novo começo! As conexões inseguras ficaram no passado! Na volta, perdão, E um futuro limpo de fato! Sem condenações,