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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Tramas,prédios, e tédio!

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Te amo ! Entre as tramas dos prédios Entre as ruas, as praças, Entre as graças das damas, em seus tédios. Pronto! De certo ponto, A gente se ama! Amo o gelo do teu frio silêncio, Sua quase falta de humor, O calor da sua amizade! Agora, já é muito tarde! Tarde demais para recuar! Somos pedaços de um só tempo, Unha, carne e esmalte. E mesmo que palavra me falte, Direi que sou tua,  Ao menos um pedaço! Falarei, que de ti faço parte, Na arte de viver em teu solo, em teu seio. Alcanço o teu manso viver,  E é quase sem receio, Que olho de frente, essa gente. Afinal, essa gente, É um pouco minha gente! Cada olhar desconfiado a princípio, Cada tática, cada prevenção, Cada reação, ação, vibração, Agora, somos irmãs em perfeita união! Essa comunhão, que veio depois, Faz parte de nós, Assim como os pássaros, e os pinheirais, Curitiba velha amiga, amo você, Amo você demais!!! Di Vieira

Minha flor!

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Ela, e só ela, Vivia espalhando perfume, Ouvindo desabafos, Entristecia-se! Amuava! E como se fosse flor, Murchava! Mas aos primeiros raios do sol, Vibrava de alegria, Ensinava! Tremulando a luz do dia, Cantava! Restaurando as pétalas despedaçadas, Desatando os nós que atormentava. Deus do céu, Como eu a amava! Ouvia, enxergava além, Serenava o pranto como ninguém! Enxaguava a dor, em água de cheiro. Primeiro bálsamo, Depois, o conforto.  Como flor, Enfeitava primaveras Perfumava velhas cicatrizes! Deus, éramos tão felizes! Eu, e o perfume, Que me cativou a vida inteira! Queria que ficasse mais um pouco! Louco! Rebelde pássaro louco! Queria voar, sem deixar o ninho, Queria ousar, mas não ir sozinho, Queria ir a lua, Vênus, Plutão, Amando a terra, o canteiro, Sentindo o teu cheiro, Segurando tua mão! Di Vieira

Sophia

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Deita em meu peito, Com tudo o que tem! Suor, raiva, culpa, desejo, Seu beijo, com lábios entreabertos, E esse jeito estranho de amar! Deita em meu peito, E me encontre no pequeno espaço, Em que esquecemos sobrenomes. Teu nome? Sophia! Amor sem cobrança. A que deita em meu peito, E dorme, feito criança inocente, Sábia lua de papel! Lua de mel dos primeiros encantos, Lua dos cantos suaves, Do olhar cinza escuro. Vem, deita em meu peito, Com tudo o que tem! Pernas, passos , solidão, Abra o seu coração, Pule o muro do medo, Apague da memória o que o medo tem, E o nosso segredo, Não fale, Não diga nada a ninguém! Di Vieira

Ponto de vista!

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     Um ponto, Um nó, Um laço de filó Um traço, Um acento, Os cabelos ao vento. Um til, Um sinal, Um amor fatal! Essa alma, esse grito, Essa dor sem perdão, O pássaro, a voz. Entre nós, a imensidão! Na grande sala, O mundo. A mão, o toque, A trave, a ponte, o espaço, Correntes pequenas, Vozes serenas, Braços de aço. A traça traga,  Faz troça, acena. Que pena! Seu ponto de vista,  É apenas, mente pequena! Os fios de cabelo, soltos ao vento. Desfazem o laço perfeito, Feito e refeito, tudo bem lento! Correntes pesadas, Marcas na calçada, O horizonte aflito da alma. Fugiu em silêncio, a calma,  A transparência desejada, Desfraldando o laço de filó,  O nó,  Enlutando a estrada! Di Vieira

O Salto

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Explode em mim o tempo, Salta f eito fera na moldura, Lambe-me a face silenciosamente, Revendo meta traçando planos, Acordos acordados,não explícitos, Os dias vividos numa tarde, Invade meus pulmões, Arde-me o peito   E desse jeito desperta sentidos  Rompe minhas defesas com suas garras, Seta no ar, Um piscar de olhos, Entre as linhas e sombras, Tudo no tempo certo, Entre as paralelas da janela E a menina em pranto. Ali, lágrimas no canto dos olhos, Brilhando no instante,em que o sol se põe, Explodindo em riso na noite escura. Ah! Quem segura o tempo? Quanto tempo é seguro pra escorregar, Pra ficar em cima do muro, Pra ficar entre a vida e a morte? Quanto tempo é preciso pra esquecer, Forçar os atalhos, Perder os atos falhos, Desenganar as mágoas agudas, Melindrar as dores fortes.,. Agasalhar o frio silêncio, No esconde, esconde da morte! Di Vieira