A francesa




Pele alva, boca vermelha,
Cabelos pretos, escassos;
Uma francesinha à procura,
De uma cadeira vazia, um canto discreto,
Onde lembranças serão bem vidas,
Onde lágrimas discretas, se ajustarão com um tempo,
Onde as lembranças de um terraço,
Com ares orientais, deixaram marcas.
Permitiu-se tatuar a ferro e fogo,
A luz de velas,
Ao som suave.
Arrepiaram-se os pelos na pele clara,
Abraçou os braços , sentiu frio e pena.
Pena do passado.
Sentia-se hoje tão pequena!
Teve o mundo em suas mãos.
Permitiu escapar por entre os dedos.
Estava tudo ali, diante dos olhos negros,
Encantados com o borbulhar da bebida,
E o brilho das taças de cristal.
A paixão, a falsa indiferença.
As marés, as estações,
A mesa no canto da sala,
O choro agora é autêntico,
O anel de brilhante...
Não!


Di Vieira



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