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Mostrando postagens de março, 2013

Semeador

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  Semeia, semeia, semeador, Flores e frutos no vasto campo do amor Semeia, semeia , semeador O amor, a alegria, e vai cuidando, vai cuidando! Das flores e dos frutos, que já estão brotando. Semeia, semeador, semeia Junto à árvore da justiça, enquanto o dia clareia Semeia, semeia, semeador Junto ao botão que floresce, enquanto frutifica a flor, Vivificados como o trigo, na plantação do seu senhor. Semeia, semeia semeador  Belo como a vide em florescência, Como o lírio em seu esplendor Que embelezam a natureza, Exultando o amor, Tão nobre, tão divino, De Deus Pai nosso Senhor! Di Vieira

Meu encanto

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Sua alma, meu encanto, E esse brilho nos olhos castanhos, Reflexo no espelho, Luzes no salão, Seus olhos no meu,  Sem acordos pra aceitação! E as cores berrantes, Berram por instantes e no beijo se calam. A calejada mão, A madeira bruta, o esconde, esconde, Os ombros deliciosamente cansados, São meus!  Sem CPF, sem identificação. Quero você! Quero ser abraçado n o mínimo, três vezes ao dia Necessito de você presente,  Preciso de sua compania falada, Dessa pessoa estabanada, sorridente, querida Necessito de você vida!  Bem aqui do meu lado,  Bem aqui por perto, Necessito de você, meu Oasis,  Aqui, nesse meu deserto! Di Vieira

O morto!

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Na rua estreita e tranquila, Onde os salgueiros e seus ramos, Desenham rendas no chão! Com eles colaborando, o sol de outono,  E as estranhas manhãs ensolaradas. Do nada, um solitário caminha, Vai até o boteco da esquina e pede um café. Toma devagar, pensa na noite mal dormida, Pensa na vida, a cabeça a mil. Homem que caminhou pelos caminhos do mundo, Teve mais que por um segundo, sucesso, dinheiro! Viveu o tempo inteiro sem tempo pra nada! Meu camarada, mais um café! Pede em voz rouca. Só café?  Pergunta o garçom. Sim, só café!  E pensou: A grana é pouca! Tomou o café com a mente em silencio, Não queria pensar agora ! Não queria se importar com o que acontecia lá fora! Perdera o respeito dos outros e o seu próprio! Na vida quebrou barreiras com sua capacidade de convencer, Percorreu de alto a baixo o tapete vermelho, mas tudo deu em nada! Traição, portas fechadas, trapalhadas,  Enfim! Deu com os burros n'água. Não tinha c

Bata na porta

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Bata antes de entrar! Espere ser convidado! Não estou aberto ou disponível sempre! Não mais! Nunca mais! Não vale à pena! Dê-me um tempo! Deixe eu pensar se quero; Ver, ouvir,comer, discutir... Por isso, bata antes de entrar, E espere resposta! Não mais me importo se gostas ou não! Deve ser o cansaço que sinto! Cansaço de tudo! Uma vontade enorme de me dar valor! Pense o pior, pense o melhor, Não me importa! O que há em mim, só eu sei! E sei que não quero mais abusos, Invasões de limites, censuras, inquisições! Deboche de alguém, Que pode ser tão mal, quando tenta impor o bem! Até me enjoa, e vomito! Vomito o bem, que achas que é só teu, O mal que talvez seja só meu, mas só a mim importa! Então por favor, bata na porta, mesmo ela estando aberta. Cansei dessa enorme intimidade, Cansei dessas tuas bobas verdades! Quando vieres, bata na porta Chega dessa amizade, Agora é tarde, bata na porta! Porque a tola da Inês,

Cálice!

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  Um lampejo, um desejo, Uma saudade de mim, Uma coragem, várias bobagens, Um amor que chega ao fim! Serelepe pelos campos, Lebre indefesa, inocente, Sobre campina de flores, Sob os presságios de horrores! Caminha em dores, sem imaginação! Na arena da inimizade que surge, Entre o nostálgico canto da espera, Na esquina da alegria que já era! Choramingam entre plumas e penas, Os pavões coloridos majestosos, Ante o riso delirante das hienas E a marra dos leões escandalosos! Um fulgor, uma lástima, uma figura, Criaturas em frente ao criador, Expõem a falta, a secura, Da bondade, da ternura, do amor! Di Vieira

No alpendre

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Eis no alpendre a luz! A escuridão se desfaz Sombras o seguem! Cinza, pó, exorbitância! Não há sombra sem luz! Nos grãos de areia, desesperança! Conexões, imitações, aparências falsas, Infiéis, sem identidade, Maldade! E eis no alpendre As sandálias da humildade! Sem meias verdades. No grande livro, conhecimento, No grande relógio o momento, Pontual! Ele é o bem que vence o mal! Eis no alpendre! A luz resplandecente! E os seres perplexos, Diante da maldade, dos mesquinhos, Que roubam migalhas de pobres passarinhos! Há caminhos sem fardo, Mas não há caminho sem cruz! Eis agora no alpendre, Meigo, suave, a fonte de luz! Eis no alpendre, ressuscitado, O esperado, meu desejado Jesus!  Di Vieira

Bela Ana

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  Bela Ana, carente! Sonha e mente, num sonho só seu. Desfiando as ilusões no embaraçado fio da vida. Retirando pedaços de rochas caídas, Trilhando descalças as estradas,  À s vezes sem  saída Cruzando a saga das flores, Alem das linhas retas do conformismo, Alem dos abismos que devoram sonhos, Alem das estrelas e seus brilhos ofuscantes, Alem dos muros e seus quintais. Alem dos olhos e as impressões digitais. Alem, muito alem! Ana olhando as flores Deslizando entre amores e afeições, Rompendo barreiras, invadindo corações. Ana caminha, Sozinha no refúgio dos sonhos, Por estradas conquistadas, cumpridas Ana só, já quase sem vida! Di vieira

Nada melhor

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  Nada melhor que você! Feita de prazer, de carinho, Um sonho! Sonho com você! De seda vermelha, de riso claro, Estampada em flores, exibicionista! Artista! Linhas contornadas por sábias mãos, Passos desenhados com lentidão. E direi ao mundo, Nada é melhor que ela! Absoluta, irreverente, Luxuosa, minimalista! Uma conquista, uma intenção. Meu romantismo discreto, Minha proposta, meu decreto, Selado, cravado em minha mente, No jeito urbano, d iscreto,  De antigamente. Di Vieira

Tudo à moda antiga

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  Tudo à moda antiga! Suas promessas, sua embalagem, Seu perfume, meu olfato. Seu jeito perturbador de me envolver, O buquê de flores pela manhã. A cena apaixonante! Mas chega o instante em que me pergunto: Vale à pena? Flores no começo, Minha vida do avesso o tempo inteiro, Cueca pendurada no chuveiro, Toalha molhada no chão. Tudo de novo, mesma paisagem, Tudo à moda antiga, o mesmo clichê! Até que os peixes ornamentais Façam moradas habituais, No meu inexplorado bidê. Di Vieira

Chuvas e amores passam!

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  Antes de partir, Tome café comigo, espere um pouco, As chuvas inundam as estradas, Os bueiros entupidos vomitam dejetos Nenhum lugar agora é mais seguro que essa sala. Fala! Diga alguma coisa! Em um dia ou dois, será tarde demais! Estaria um novo amor a tua espera? Pra onde você vai?  Em que braços vai dormir? Quando foi que deixou de me amar? Quando?  Já que nem percebi? Tantas perguntas tontas! Eu sei talvez não tenha respostas prontas. Perdoe-me por perguntar! Mas fomos tão felizes juntos, e por tanto tempo! E agora esse pesado silêncio põe fim a tudo. Ainda te amo! Ainda te quero! Mas amor não se prende,  Não se põe correntes, deixa-se livre, solto. Você, faça como quiser! Quer partir? Por mim tudo bem!  A chuva faz tempo que passou! Passou de repente! Passou rápido assim!  C omo aquele grande amor,  Que dizias sentir por mim! Di Vieira

Depois de certa idade

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Depois de certa idade, Fica mais difícil ter zanga por coisa pouca. Guardar rancores por muito tempo, Porque quem sabe quanto tempo ainda? Depois de certa idade, O tudo que pensamos saber não tem valia, Porque todo dia se descobre, muita coisa pra aprender! Depois de certa idade, Percebe-se antes de ser percebido, Ouve-se, mesmo que falem escondido, Porque dessa vida o perigo , Não é quem faz, mas quem insinua, ou manda fazer. Descobri, depois de certa idade, Que viver sob pressão desumaniza Que viver soltando farpas entristece Que viver sem amor adoece, seca a alma Bom mesmo é cheiro de flor, barulho de chuva, Carinho sem motivo, cafuné de gente que se quer bem. E depois de certa idade, descobrir que foi feliz, Entregou-se, apaixonou-se, sofreu, amadureceu! Depois de certa idade Conta o que sabe, sem ser convencido, Compreende tudo, apenas por ter vivido! E se não viveu tudo, viveu o bastante. E aprendeu assim, a ser u m po

A francesa

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Pele alva, boca vermelha, Cabelos pretos, escassos; Uma francesinha à procura, De uma cadeira vazia, um canto discreto, Onde lembranças serão bem vidas, Onde lágrimas discretas, se ajustarão com um tempo, Onde as lembranças de um terraço, Com ares orientais, deixaram marcas. Permitiu-se tatuar a ferro e fogo, A luz de velas, Ao som suave. Arrepiaram-se os pelos na pele clara, Abraçou os braços , sentiu frio e pena. Pena do passado. Sentia-se hoje tão pequena! Teve o mundo em suas mãos. Permitiu escapar por entre os dedos. Estava tudo ali, diante dos olhos negros, Encantados com o borbulhar da bebida, E o brilho das taças de cristal. A paixão, a falsa indiferença. As marés, as estações, A mesa no canto da sala, O choro agora é autêntico, O anel de brilhante... Não! Di Vieira

O tempo

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  O tempo Viajando no corpo, na sensibilidade. Navegando nos rios verdes dos seus olhos Vibrando na sua alegria, no seu calor , Na chama acesa antes da chuva! Vem o tempo, cavalgando no próprio tempo, Viajando nessa história particular! Que é quase um mito ordinário! E nesse cenário, você e eu, E o tempo fechando! Os pingos de chuva pingando. Você e eu! O lado bom da vida! As rosas caídas, n'uma mistura de tudo! Nessa paleta de cores, os grandes amores. Pintam nas tardes amarelas É o começo do outono. Nas noites mais frias você me aquece, Nas boas lembranças, Com a sua companhia, E as luzes na janela, por detrás das cortinas, Nosso encantamento, o momento! E lá fora contando os minutos,  O tempo! Di Vieira

O universo

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Na satisfação dos olhos O prazer das coisas. No toque das mãos O encontro. O universo ao avesso, O preço alto por excessos. Na condição de apreciador me descubro. Eu só, num mundo só seu! Espantosamente encontro o tempo que perdi. Atrevida, lança fora minhas dúvidas, inseguranças. Sou aprendiz, menino em seus braços, Você, minha inspiração em forma colorida, Vida, Cristal em forma de flor Menina dos meus olhos, minha utopia. Meu recato, minha ousadia,  Meu amor! Di Vieira

O MEU AMADO

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Bateu no umbral da porta de levinho, O suave perfume, o fulgor, Encheram o quarto e eu abri os olhos, Pela calma que invadiu minh'alma, Eu já sabia! Era o meu grande amor! Disse-me que viria! Prometeu-me, nunca falhou! Olhou carinhosamente em meus olhos e com meiguice falou: Vamos pra casa? Boba, eu ainda relutei, Meu filho doente, minha gente, eles precisam de mim... Docemente interrompeu-me, Não se preocupe, não fale assim! Eu cuido deles, eu sempre cuidei! Lembra do que eu disse: "Nunca, nunca te deixarei!" Seu lugar já está preparado! O céu esteve nublado, a terra ainda não se saciou , Mas pra você, o viver, bem e mal, já acabou! Eu estou aqui, no fim da sua jornada! Dá-me a mão, feche os olhos minha amada, Vou te conduzir pelas alamedas do jardim. Levar-te aos aposentos, te vestir para o banquete! Dá-me a mão minha querida! Vamos! Por ti tenho grande apreço Dá-me a mão amada minha! Esse aqui, não é o final, é

QUERO DORMIR!

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Quero dormir! Acordar feliz por ter te encontrado! No sonho! Sonho perfeito de luzes e cores! Perfeito! Esse é o meu jeito de te ver agora! Lá fora o mundo ensaia, faz plano! Eu adormeço! Esqueço-me de dores presentes, De amores ausentes, De lágrimas tardias. Todavia acordo! Em silêncio me cubro e descubro a poesia! Na periferia cai à tarde, Arde em mim à saudade, Quero dormir! Di Vieira

A LOUCA!

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Ah a louca! Pendura no varal o tênis, e esquece Sol, chuva, vento, lua. Sai pra rua, e esquece! A ponta entorta, Desbota o desenho, Abre a boca de jacaré, Deus dá-me fé! A louca não se importa. Abre a porta, Mata o tempo na lanchonete. Mascando chiclete diz que a vida é boa! Gasta o tempo à toa, Todo o tempo! Praia, a água salgada no colo moreno, O dia parece pequeno. O mundo é todo seu! Sol, água de coco, Sandália arrastando no calçadão, É tudo festa! Feliz, sem compromisso, Esquece o calçado no varal! Não faz mal, é só um tênis! A vida é tão curta! Curta que o tempo passa E a massa dos sisudos veste touca, Louca! Pobre menina louca! Di Vieira