#A metamorfose da borboleta
A casa,as fotos no corredor.
As cartas na caixa colorida.
Uma vida e o passado indo embora,
Nas asas da borboleta, na carruagem dos sonhos,
Nas asas da borboleta, na carruagem dos sonhos,
Nas páginas dobradas pela pressa do tempo que voou.
Fez o que pode!
Preservou a identidade a todo custo,
Preservou a identidade a todo custo,
A memória aos trancos e barrancos,
Manteve a sensibilidade a toda prova,
E os olhos, extremamente francos.
Inda era nova!
Mas os velhos sonhos sucumbiram na estrada.
Pedira que esperassem, mas tinham pressa.
Pressa de tudo, pressa de nada.
Viu os espaços e muitas leis violadas,
Enquanto procurava no céu, nuvens coloridas,
Enquanto conferia contornos e formas especiais,
As insignificantes mutações da vida.
Decifrou o caminho do sol em leste oeste,
Adaptou-se a incerteza do amanhã,
Viveu acreditando em anjos protetores,
De meninos, em carrinhos de rolimã.
Cerrou a janela dos sonhos,
Pisou o chão, mirou o caminho, refreou as asas!
Quanto à lucidez que nunca a deixou no desamparo,
Jamais teve por ela, muita estimação.
Quantas vezes desejara falar aos berros
Ao invés da habitual quietude,
N'uma atitude de vida, totalmente pacifista.
Mas perdera a mão!
E os bárbaros narcisistas, com controle e possessão,
Prenderam-lhe as asas em repressão!
O vento forte, bateu no peito em reprovação,
Aos corações fingidos,
Que guardam nas teias dos mesquinhos espaços,
Os pecados arquivados como casos perdidos.
Enquanto florescem os discursos, e a falação,
Sobre suas grandes obras,
Nobres, e divinamente guardadas,
Em potes dourados de extrema compaixão!
Mas perdera a mão!
E os bárbaros narcisistas, com controle e possessão,
Prenderam-lhe as asas em repressão!
O vento forte, bateu no peito em reprovação,
Aos corações fingidos,
Que guardam nas teias dos mesquinhos espaços,
Os pecados arquivados como casos perdidos.
Enquanto florescem os discursos, e a falação,
Sobre suas grandes obras,
Nobres, e divinamente guardadas,
Em potes dourados de extrema compaixão!
Di Vieira
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