#O vestido estampado


O vestido estampado de Luíza,
Ainda me lembro!
Caia-lhe aos ombros de propósito.
Moldava-lhe o corpo como pele nova,
Mostrava-lhe os encantos quase sem pudor.
Luiza meu amor faceiro!
Quase fui o primeiro, quase fui o único!
Mas você, é brisa do amanhecer.
Desaparece quando a gente se acostuma.
Liquefaz-se em meio aos primeiros raios de sol.
Atrai-nos rumo ao desconhecido,
Nos abandona sem consentimento, e nada mais faz sentido.
Luiza!
Bruma leve em meu ar adolescente.
Tocou-me a pele docemente,
Com todo carinho, com tanta candura!
Ela toda pura, pura paixão virginal!
Um doce beijo no início,
Um amargo adeus no beijo final!
Do vestido estampado, inda me lembro,
Foi em dezembro, festas e cores,
Eu, em meio aos seus admiradores,
Querendo seu olhar, sua atenção.
Você sorriu, me deu a mão!
Noite de lua, calor de verão,
Bateu saudade de você Luiza,
Minha suave lembrança,
Minha doce inspiração!


Di Vieira

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