Laurita de Sá



Laurita de Sá Ferreira Dutra,
Filha de um velho capitão,
E uma velha e aposentada prostituta.
Laurita, moça bonita,
Nos mais rigorosos princípios educada,
Descobriu em uma tarde fria,
De sua mãe o passado!
Então, com o coração descontrolado,
Fugiu com o primeiro namorado,
Foi morar em Cochabamba.
Ele, o namorado, louco, casado,
Viciado em internet,
Herdou do Elvis o topete,
A cara de pau adquiriu,
Por simples cara de pau!

Colocou mel nas palavras
E depositou as nos ouvidos virgens,
Palavras que quase lhe deram vertigem!
A menina era toda pura!
O cara, aproveitou o acontecido,
E ela, cometeu essa loucura!
Não quis dar ao pai ouvido,
Não trocou com a mãe palavra.
Então a sorte subiu no telhado,
A sina tocou o sino,
E o passado e o livre arbítrio
Traçaram enfim, seu destino.

Laurita, moça bonita, bem educada.
Não perdoou, mas foi perdoada.
Não sei se amou, mas foi muito amada.
A vida como sempre, seguiu sua estrada,
E como sempre, deu um jeito de dar suas voltas,
São as voltas do mundo!
Mas esse cara, sei não!
Laurita não pode por nem um segundo,
O bem dele esperar!
Os dias quentes, o pó na estrada,
A pinta vermelha rosada embaçando os seus olhos.
Pobre Laurita!
Melhor voltar, pedir perdão, perdoar,
O dia sempre renasce, e sempre pode ser diferente!.
Sem o pó na estrada, amando e sendo amada,
Olhando claramente a vida, 
Seguindo sempre em frente!

Di Vieira




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