Resumo




Lembrei-me que sou pó 
E me vesti de lágrimas.
Lágrimas pela soberba de me achar eterno!
Desfiz-me da arrogância e me senti capaz de amar.
Amar como um cão, mesmo na coleira.
Besteira ser super, ser poderoso!
Gostoso é mergulhar no olhar e descobrir o infinito.
Bonito é cantar sem acompanhamento,
Só por estar feliz,
É saborear estalando a língua,
O doce presente com recheio de anis! 
É sentir a cada momento o sussurrar das ondas fazendo festa,
É tão doce o meu sofismo,
Que descanso na praia do otimismo.
Percebendo o acordar das flores cutucadas pelo orvalho.
Bonito e necessário, é descobrir o carinho que há em suas mãos
E então me descobrir frágil, dócil, 
Poeira na constelação,
De seres finitos no infinito transitório,
Tão nada, tão provisório
Quanto uma bolha de sabão!


Di Vieira

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