Minha flor!
Ela,
e só ela,
Vivia
espalhando perfume,
Ouvindo
desabafos,
Entristecia-se!
Amuava!
E
como se fosse flor,
Murchava!
Mas
aos primeiros raios do sol,
Vibrava
de alegria,
Ensinava!
Tremulando
a luz do dia,
Cantava!
Restaurando
as pétalas despedaçadas,
Desatando
os nós que atormentava.
Deus
do céu,
Como
eu a amava!
Ouvia,
enxergava além,
Serenava
o pranto como ninguém!
Enxaguava
a dor, em água de cheiro.
Primeiro
bálsamo,
Depois,
o conforto.
Como flor,
Enfeitava
primaveras
Perfumava
velhas cicatrizes!
Deus,
éramos tão felizes!
Eu,
e o perfume,
Que
me cativou a vida inteira!
Queria
que ficasse mais um pouco!
Louco!
Rebelde
pássaro louco!
Queria
voar, sem deixar o ninho,
Queria
ousar, mas não ir sozinho,
Queria
ir a lua, Vênus, Plutão,
Amando
a terra, o canteiro,
Sentindo
o teu cheiro,
Segurando
tua mão!
Di
Vieira
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