#Sanguessuga
Sanguinário, sanguessuga,
Suga o
sangue, e se embriaga,
E
embriagado finge,
E como um
bom fingidor, sofre!
E
sofrendo, suga o sangue da burra.
E ela
finge que não vê,
E às
vezes, não vê,
Às vezes,
finge!
E o
sanguinário, atinge o ponto!
E como
não é tonto, atinge logo a jugular!
Com
crueldade animal,
É
cauteloso no golpe fatal!
E segue a
saga burlesca,
Da burra,
e do fingidor burlão.
Nessa
reta final,
Já sem
sentimento, sem coração!
O
fingidor apaixonado, safado,
De dentes
a postos, ensanguentados,
Como um
cão vadio,
Seca a
burra no cio, até o final.
Suga, até
ao fastio!
E segue,
contando com a sorte!
O
sanguessuga, se embriaga e se empanturra,
Deixa à
deriva, a burra, a tonta, a sedentária,
Para
seguir, sua saga vulgar,
Vulgarmente,
ordinária!
Di Vieira
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