O anel



Curvou os joelhos em terra,
Após passos indecisos.
Tivera uma vida atormentada!
Tinha a alma angustiada!
Estava à beira do abismo!
Ecos, gritos adormecidos explodiam!
Soluços abafados brotavam na garganta.
Queria ter tido vida santa, 
Vestes sem mácula.
Queria ter ficado em casa junto aos pais.
Mas o passarinho criou asas,
Rasgou o céu na negrura da noite,
Penetrou por própria vontade,
Na gaiola do mal.
Vendaval, chuva forte,
Corte nos pés, dor na alma,
Seiva da vida indo embora!
E agora?
Afundado nas cinzas, encobre o rosto,
Rasga as vestes, esmurra o peito,
E apesar de não ter direito,
Pede misericórdia, piedade,
E obteve!
Sem vaidade, sem arrogância.
De joelhos no chão batido,
Envergonhado, arrependido.
Sente a mão suave, erguer-lhe a carcaça,
Ajudar-lhe nos primeiros passos,
Dar-lhe segurança e um novo começo!
As conexões inseguras ficaram no passado!
Na volta, perdão,
E um futuro limpo de fato!
Sem condenações, sem reprovações.
O anel no dedo,
É um elo desse amor imenso!
Amor ofertado,
Amor sagrado!
É luz, que ilumina escuridões, 
Apaga cicatrizes.
Perdoa pecados,
Alegra almas,
 Sara corações!

Comentários

  1. Adorei tuas escritas ,teu espaço,adorei e adoro ,você!

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  2. Linda! Seu comentário me deixou muito feliz Izildinha Renzo. Muito obrigada.

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  3. Linda! Seu comentário me deixou muito feliz Izildinha Renzo. Muito obrigada.

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