O BANHEIRO
Não é um cômodo,
É um refúgio!
Não é um aposento,
É camarim!
Ali, o ser imperfeito
se olha no espelho.
Organiza a mente, se
dá conselho,
Chora as mágoas, se
lava inteiro.
Canta,
Debaixo do chuveiro!
Ah o banheiro!
Terra de ninguém!
Refúgio de todos!
Camarote de estrelas
no ensaio do dia,
Explosões de
carícias, choros, alegrias,
Onde o solitário
pranteia,
Lamentando sua dor,
Enquanto se
penteia!
Ali, somos o que
somos,
Sem diferença!
Massas
iguais, coliformes fecais,
Porcelana ou cimento,
O natural sempre
acontece,
Mas
saindo esquecemos do que somos,
Somos mais bonitos,
mais cheirosos,
Mais corajosos, menos
chorosos.
E por sorte,
Somos mais fortes,
mais competentes,
Mais atraentes,
Porque afinal,
Somos gente!
Di Vieira
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