A MESMA MESMICE!




Que trabalho que dá ser a mesma,
A mesma sem voz, sem valia
Sempre na mesma rotina do dia a dia
Cada vez mais a mesma,
E na mesma mesmice de sempre
Pedindo chuvas ao céu,
Mudando os móveis de lugar,
Ensaboando, enxaguando, esperando o sol secar.
Estava cansada disso!
Já nem sabia ser ela mesma!
Seria isso um sinal de maluquice?
Ou seria  a mesmice que lhe atordoava?
Tinha que voltar ao ponto,  ao começo.
Ser a mesma, na mesma mesmice Inalterada
Sem voz sem valia, do tanque para a pia,
Da cama ao fogão, numa ciranda lunática.
Mas que trabalho que dá!
Que trabalho que dá ser a mesma!


Di Vieira


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