O ANO NOVO, E OS NOVOS MISTÉRIOS!



Esqueci que flutuava antes de respirar,
Esqueci que era pó,
Esqueci que nasci só e só vivi.
Fiquei  com medo de mergulhar,
Esqueci que na água, eu nasci,
Fiquei com medo de andar na chuva e me molhar,
Fiquei com medo de me soltar e no ar virar poeira,
De certa maneira, tive medo da solidão.
E mesmo assim abri meu coração ao afeto.
E no peito aberto, sobraram marcas e cicatrizes,
Mas foram tempos felizes na inocência,
Respirando tranquilo como menino no colo da mãe.
Depois do primeiro tapa na bunda, gritei!
Mas enfim...foram novos todos os dias,
E a cada dia fui renascendo, vivendo,
Sofrendo temores do amanhã!
Tolices, coisas vãs, preocupações desnecessárias.
Respirei, vivi, sorri, flutuei, aprendi,
Morri a cada dia que nascia com a alegria dos ingênuos.
Agora, viverei modestamente cada dia que me virá de presente.
Respirarei com sobriedade o ar por vezes poluído,
Reservarei os ouvidos para as doces palavras de carinho.
Tenho pela frente um ano novo inteirinho!!!
Ou não!
Mas preservarei  meu coração do mal, e seguirei em frente.
E então um dia, receberei de presente o papel principal,
No temido mas de certa forma esperado, episódio final!
A vida em suas várias formas é sempre bela,
E a passarela um dia chega ao fim,
E em seguida há o reinício,
Viver é um vício que faz história, que traz alegria.
Então brindemos a minha vida, a vida sua, 
Brindemos a biografia de um povo,
Brindemos hoje e para sempre 
O recomeço, a esperança, 
Um brinde ao ANO NOVO!

Di Vieira

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