DESVAIRADA FANTASIA
É
tarde para caminhar sem loucuras
Já
que a inocência completou o seu percurso
E
concluiu que nada sabe,
Que
nada viu que possa acrescentar como conselho,
Aos
hábitos e costumes dos que querem julgar e não olham espelho,
Dos
que apreciam enquanto as flores fenecem
E
os delicados lábios murcham
Enquanto
a boca seca, quanto lhe proíbem palavras
Enquanto
o sorriso amarelo doente acamado,
Dorme
nos lábios do sol, e se queima no brilho da lua
A
agonia e a miséria, é minha e sua,
Mas
o universo cai de amores por flores
pequenas e infelizes
Flores
atrizes da divina comédia pop
Dos
cânticos nos tímidos corais de rock
Dos
choros frenéticos, das depressões imaginárias
Da
roleta russa no peito afeito as facécias humanas
Enquanto
as borboletas de dia e de noite movem suas asas
Girando
o mundo entre fantásticas princesas e
fadas!
E
ainda existem fadas doidas que pensam
ser meninas,
E
loucas meninas que voam, e pensam que são fadas
É
nada! Acabou-se a ilusão!
Mas
enfim tudo um dia acaba
E
no fim tudo termina do mesmo jeito para heróis e bandoleiros.
Na
crise dos sonhos, ensinando teorias alheias
Sobre
suspeita de nada saber e na escassez da vontade que jura ter.
Já
é quase noite e a loucura não é mais um grito,
É
um sorriso bonito!!! Tão bonito que parece lindo,
Tão
lindo que até parece uma extensa sinfonia
Que
deve-se ouvir à noite e ser esquecida de dia,
Onde aquecido
pelo falecimento covarde da vida vazia,
E
esquecido do pequeno acordo entre a alucinada quimera
E
a frenética, desvairada e arrebatadora fantasia,
Se deitará no solo ressecado, entre as flores murchas,
Sem nenhum gemido.
Di
Vieira
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